Com o aquecimento do mercado de créditos de carbono em todo o mundo, o Brasil está desenvolvendo critérios para acelerar as transações por aqui. Segundo o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, a ideia é que o nosso país possa registrar e exportar carbono.
“Fizemos reuniões com o setor privado para montar o mercado nacional de carbono, algo que já acontece em outras partes do mundo de forma voluntária. E, para avançar, nas últimas duas semanas transferimos o tema para a Economia”, explicou o ministro, durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual. Na ocasião, ele também afirmou que a transição para a economia verde, que prioriza energias renováveis, produção de baixa emissão e projetos específicos de redução de gases metano, está entre as prioridades da pasta.
Joaquim Leite lembrou que durante a COP26 o Brasil assinou, junto com outros 100 países, um acordo para reduzir em 30% as emissões de metano até 2030. “O Brasil vai acelerar o mercado de carbono baseado em metano e até criar um crédito baseado em metano, pois é preciso incentivo para transformar o que hoje não é bom em uma oportunidade para todos”, ressaltou. O marco legal de resíduos sólidos, assinado em janeiro, poderá ser um dos mecanismos de criação de crédito e geração de valor para a reciclagem de materiais como o vidro e o plástico.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, também presente no evento do BTG, afirmou que o banco está de olho no assunto e pode alocar investimentos neste mercado. “A política pública já está feita, agora é hora de o setor produtivo entender que mudança climática é negócio”, pontuou.
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