Sem ação climática imediata, é improvável que as metas de carbono zero tenham sucesso, mesmo com os avanços de alguns acordos que estão sendo feitos durante a COP26, que termina essa semana em Glasgow.
Em evento da COP26, cientistas afirmaram que “a Terra está no caminho certo para aquecer cerca de 2,5 graus Celsius, eclipsando a meta climática compartilhada do mundo em um grau completo”. O alerta foi dado durante um painel que ganhou o título de “a última e melhor esperança”.
Em uma análise divulgada nesta terça-feira (9/10), pesquisadores das Nações Unidas encontraram uma enorme lacuna entre as promessas de longo prazo dos países de zerar as emissões de carbono e os planos oficiais de curto prazo conhecidos como NDCs (contribuições nacionalmente determinadas).
“O que os países planejam fazer entre agora e 2030 torna impossível muitas promessas carbono zero”, dizem os pesquisadores. Segundo informou o The Washington Post, “apesar de uma enxurrada de novos compromissos para zerar as emissões, o nível projetado de aquecimento até o final do século é apenas cerca de 0,1 graus menor do que antes do início da COP26”.
“A menos que as promessas sejam impulsionadas no futuro imediato, a humanidade perderá a chance de limitar o aquecimento aos 1,5 graus Celsius, um alvo que cientistas e comunidades vulneráveis cada vez mais dizem que o mundo não pode se dar ao luxo de perder”.
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