Aumento da demanda coloca os sistemas de energia sob pressão em todo o mundo

O rápido aumento da demanda em 2021 está empurrando os preços de energia e as emissões para níveis recordes, com sérias implicações para consumidores, economias e transições energéticas limpas. É o que diz o Relatório do Mercado de Eletricidade de janeiro de 2022, produzido pela Agência Internacional de Energia (IEA).

 

Segundo o estudo, o ano passado foi desafiador para os mercados de eletricidade em todo o mundo. “O forte crescimento econômico, combinado com invernos mais frios e verões mais quentes, aumentou a demanda global de eletricidade em mais de 6% – o maior aumento desde a recuperação da crise financeira em 2010. A rápida recuperação da demanda global de energia pressionou as cadeias de fornecimento de carvão e gás natural, elevando os preços da eletricidade no atacado. Apesar do impressionante crescimento da energia renovável, a geração de eletricidade a partir de carvão e gás atingiu níveis recordes”, explica o paper. Como resultado, as emissões anuais de dióxido de carbono do setor elétrico global voltaram a aumentar, mesmo depois de terem diminuído nos dois anos anteriores.

 

Com base em nossa análise desses eventos recentes, essa edição do relatório apresenta as previsões da IEA para demanda, oferta e emissões nos mercados globais de eletricidade até 2024.

 

O órgão internacional estima que apesar de as fontes renováveis provavelmente conseguirem atender boa parte do aumento crescente da demanda de eletricidade nos próximos anos, mesmo isso pode acabar resultando em um aumento das emissões da geração de eletricidade. “Isso é insuficiente para que o setor elétrico cumpra seu papel crítico como uma força líder na descarbonização das economias em todo o mundo”, conclui o documento.

 

“As emissões de eletricidade precisam diminuir 55% até 2030 para atender às nossas metas de zero emissões líquidas até 2050, mas na ausência de grandes ações políticas dos governos, essas emissões devem permanecer no mesmo nível pelos próximos três anos”, afirmou Faith Birol, diretor executivo da IEA.

 

As informações são da Agência Internacional de Energia (IEA), onde também é possível baixar o relatório completo.

 

Imagem: Pixabay

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