O aquecimento global está no centro da agenda de gastos do governo americano. Novo pacote divulgado pela Casa Branca anunciou vários cortes, reduzindo o orçamento de US$ 3,5 trilhões para US$ 1,85 trilhão e retirando da lista de prioridades questões como licenças familiares remuneradas, faculdade comunitária gratuita e medicamentos mais baixos para idosos. No entanto, pelo menos US $ 555 bilhões devem ser destinados para programas climáticos.
Ainda não se sabe se os democratas vão apoiar o pacote e se ele vai passar sem o apoio republicano. No entanto, durante as negociações, o presidente americano, Joe Biden, tem se mostrado confiante nesse acordo. Se promulgada, essa será a maior ação já realizada pelos Estados Unidos para lidar com a mudança climática, consagrando a ação climática na lei, o que tornaria o projeto mais difícil de ser revertido por um futuro presidente.
Um dos gastos climáticos mais significativos do plano de Biden é o montante de US$ 300 bilhões em incentivos fiscais para produtores e compradores de energia eólica, solar e nuclear, com o objetivo de acelerar a transição do petróleo, gás e carvão. Os compradores de veículos elétricos também podem receber até US $ 12.500 em créditos fiscais. “O resto seria distribuído entre uma mistura de programas, incluindo dinheiro para construir estações de recarga para veículos elétricos e atualizar a rede elétrica para torná-la mais propícia à transmissão de energia eólica e solar, e dinheiro para promover programas agrícolas e florestais amigáveis ao clima”, informou o The New York Times.
Mesmo com esse plano, os EUA ainda ficariam aquém da promessa ambiciosa de Biden de reduzir pela metade os gases de efeito estufa do país, em relação aos níveis de 2005, até o final desta década.
O pacote deve ser apresentado pelo presidente americano na COP26. “Biden está sob pressão crescente para demonstrar que os Estados Unidos, como o país que mais impulsionou a mudança climática emitindo a maior quantidade de gases do efeito estufa, está agindo quando ele comparecer na segunda-feira a uma importante cúpula das Nações Unidas sobre o clima. Aparecer de mãos vazias prejudicaria a credibilidade dos Estados Unidos no cenário mundial”, analisou o jornal americano.