Um dos maiores desafios na redução de emissões de aviões é criar uma fonte de energia limpa que seja tão eficiente e viável comercialmente quanto o querosene. As baterias elétricas disponíveis não podem ser usadas em aviões por serem muito pesadas. Uma alternativa é o biocombustível para avião. Mas, até recentemente, os estudos na área não eram promissores.
Um grupo de cientistas acaba de publicar um estudo anunciando a criação de um biocombustível que pode reduzir as emissões de carbono em 165% na comparação com o querosene tradicional. Outros biocombustíveis criados eram menos eficientes – e tinham potencial de redução de até 70%.
O novo biocombustível para aviões é feito com lixo úmido, como restos de comida e dejetos de animais. Pesquisas anteriores mostraram que eles podem ser convertidos em ácidos graxos voláteis (VFA, na sigla em inglês), que podem ser transformados em combustível para aviões.
Boa parte da redução das emissões é obtida ao retirar o lixo do meio ambiente. Sem tratamento, ele emite metano, um gás mais potente do que o CO² para o aquecimento global.
A Southwest Airlines vai iniciar testes até 2023.
“Pode levar de um a dois anos para companhias aéreas como a Southwest obterem as aprovações regulatórias para começar a usar o biocombustível em voos comerciais”, disse o líder do projeto, Derek Vardon. “Com isso, voos com emissão zero de carbono estão num horizonte mais próximo do que muitos imaginavam.”
Há desafios de escala a ser alcançados antes de biocombustíveis substituírem o querosene. Por exemplo, o lixo úmido produzido nos Estados Unidos atenderia apenas 20% da demanda por combustíveis de avião.
Pesquisas mostram que o setor de aviação é responsável por 2,5% das emissões de carbono na atmosfera.
As informações são da SingularityHub. O texto pode ser lido aqui.
O estudo completo pode ser acessado aqui.