Num momento em que o Brasil corre o risco de acionar usinas termelétricas para evitar um apagão, fontes alternativas – e limpas – de energia são subaproveitadas.
Reportagem da Folha de S Paulo publicada no domingo (13) mostrou que o país deixa de aproveitar a biomassa (resíduos de cana-de-açúcar, restos de madeira, carcas de arroz, carvão vegetal, entre outras fontes) para produzir bioeletricidade e biodiesel.
Segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), somente 15% do potencial de geração de bioeletricidade a partir da cana-de açúcar é aproveitado.
No ano passado, a geração de energia pelo setor correspondeu a 5% do gasto nacional de energia – algo em torno do consumo anual de 12 milhões de residências.
No caso do biogás, o país tem o maior potencial energético do mundo, segundo a Abiogás: 43,2 bilhões de Nm³ ao ano. Esse montante poderia suprir quase 40% da demanda de energia elétrica ou substituir 70% do consumo de diesel.
O Ministério de Minas e Energia diz que o potencial de biogás no Brasil a partir da vinhaça pode chegar a 45 milhões de metros cúbicos por dia em 2030. Isso corresponde a mais de duas vezes o volume médio de gás natural importado da Bolívia em 2019.