Em sua primeira iniciativa em grande escala na área, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu esta semana uma chamada pública para comprar até R$100 milhões de créditos de carbono. A instituição brasileira quer investir pelo menos R$ 300 milhões em títulos desse tipo nos próximos três anos.
O BNDES informou que vai atuar como um fornecedor no mercado brasileiro, garantindo recursos para os projetos de redução da emissão de poluentes e também chancelando os padrões de qualidade das iniciativas da área. Os créditos poderão ser utilizados tanto para compensar a própria pegada de carbono de sua carteira quanto para vender futuramente os créditos ou produtos financeiros que os envolvem.
Projetos com foco em reflorestamento, conservação de florestas, agricultura sustentável e energia de biomassa ou metano serão elegíveis nesta etapa. Valem tanto aqueles que já estão validados quanto os que estão em processo de validação, mas os contratos com o BNDES funcionam como uma espécie de garantia de que eles serão tirados do papel.
Segundo o Capital Reset, o diretor de participações, mercado de capitais e crédito indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, afirmou que o Brasil tem condições de ser protagonista na agenda global de economia verde e o BNDES quer atuar como catalisador e articulador desse processo. Por isso, há cerca de dois anos a instituição tem desenvolvido um trabalho para mapear e entender as necessidades do mercado de carbono no país.