Um estudo mostrou o papel das cidades para a construção de uma economia de zero carbono. Seis países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, podem reduzir as emissões de gases do efeito estufa em até 96% em 2050 em setores urbanos como moradia, transporte, materiais e lixo. A conclusão é de um estudo recém publicado pela Coalizão para Transições Urbanas.
Em termos econômicos, o ganho conjunto pode chegar a US$ 12 trilhões.
O relatório, chamado Seizing the Urban Opportunity (Aproveitando a Oportunidade Urbana, em tradução literal), reforça o papel das cidades como propulsoras das economias dos países. Mas destaca que as cidades, sozinhas, não podem fazer muito para conter o aumento das emissões de carbono.
Um estudo anterior da Coalizão mostrou que governos locais têm autonomia para reduzir em menos de um terço as emissões de uma cidade. Os dois terços restantes dependem de ações e regulamentações de governos estaduais e federais.
O relatório analisou oportunidades na China, Índia, África do Sul, Indonésia e México – além do Brasil. No caso brasileiro, as medidas para adaptar as cidades para uma economia de zero carbono pode render 4,5 milhões de empregos.
As ações recomendadas para as cidades brasileiras incluem a melhora na governança das cidades para promover desenvolvimento sustentável e integrado, investimentos em meios de transporte de baixa emissão de carbono, programas nacionais de moradia e aumento do financiamento a projetos de descarbonização das cidades. Os investimentos chegariam a US$ 1,7 trilhão.
O estudo completo pode ser acessado aqui.