Apoiada pela ONU, uma aliança de conservacionistas e formuladores de políticas está trabalhando para criar novas maneiras de financiar a preservação da biodiversidade, com um mecanismo para atribuir valores econômicos aos ecossistemas. São os chamados “créditos de biodiversidade”.
De maneira geral, as empresas desenvolveriam esses créditos ao identificar e elaborar um plano detalhado para preservar um habitat ameaçado, em parceria com os proprietários dessa área. A execução desse plano teria que ser monitorada e cumprir as metas estipuladas para gerar os créditos, que outras pessoas ou empresas poderiam comprar. As receitas seriam divididas entre desenvolvedor e proprietário.
Alguns analistas acreditam que, se forem padronizados e comercializados como os créditos de carbono, esses créditos de biodiversidade podem ter o potencial de financiar a conservação em uma escala sem precedentes. Embora ainda seja novidade, muitas empresas, incluindo grandes players do mercado de carbono, já estão se envolvendo.
No entanto, outros especialistas ainda estão céticos. Um dos desafios, segundo esses críticos, seria provar que o dinheiro gasto com essas ações realmente ajude a preservar os biomas.
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