Crise dos fertilizantes pode incentivar Brasil a acelerar agro sustentável

Assim como a necessidade da Europa de reduzir a dependência do gás russo pode acelerar a busca por fontes de energia limpa, o risco de interrupção no fornecimento de fertilizantes do país em guerra também pode ser um incentivo para acelerar o crescimento de inovações sustentáveis nessa área aqui no Brasil.

 

É importante lembrar que o Brasil é o maior importador de fertilizantes do planeta e o quarto maior consumidor. Nossas lavouras de soja consomem, sozinhas, 40% desses insumos. Quase a totalidade do potássio — um dos três macronutrientes mais usados na agricultura — vem do exterior. O Canadá é o maior produtor mundial do insumo e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já está com viagem marcada para possivelmente para negociar alguma solução emergencial.

 

De toda forma, o alarme acionado com a crise na Europa é um aviso de é que preciso pensar em soluções próprias para as demandas do agronegócio, um dos carros-chefes da economia brasileira. Especialistas acreditam que o momento, embora delicado, é uma oportunidade para avançarmos no desenvolvimento de biofertilizantes, hidrogênio e amônia verde, entre outras técnicas para descarbonizar o campo.

 

Já está nos planos do governo federal uma redução de 85% para 60% da participação dos insumos estrangeiros na agricultura brasileira nos próximos 30 anos. Isso pode significar apenas que vamos passar a produzir aqui os mesmos insumos que hoje importamos, mas a expectativa é de que o setor aproveite o potencial que tem para investir em insumos verdes e, ao mesmo tempo, tornar os nossos produtos mais atrativos para exportação. Já não é novidade que responsabilidade ambiental é uma exigência que deve se tornar cada vez mais comum para os nossos principais compradores de grãos e carne.

 

As informações são do Capital Reset.

 

Foto: Deposit Photos

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