Dados mostram que “tipping point” da Amazônia está próximo

Novos dados mostram que o ponto de inflexão (ou de não retorno) da maior floresta tropical do planeta está cada vez mais próximo. Segundo os cientistas, depois desse ponto, a Amazônia não conseguirá mais se recuperar, o que trará impactos devastadores não só para a biodiversidade da região, mas para o clima de todo o planeta.

 

Alguns modelos de computador já haviam antecipado essa previsão, mas a nova análise é baseada em satélites que observam a região há mais de três décadas e mostraram que mais de 75% da floresta intocada já perdeu estabilidade. Isso quer dizer que ela está levando mais tempo para se recuperar de eventos, como secas e queimadas. Para os cientistas, esse é um sinal-chave de que os processos de restauração estão ficando mais fragilizados.

 

As áreas mais próximas de fazendas, estradas e áreas urbanas são as mais afetadas, o que está relacionado ao desmatamento e também tem a ver com outra conclusão do estudo — de que as áreas mais secas perdem mais estabilidade que as úmidas —, já que as árvores têm relação direta com a produção de chuvas. O problema piora porque, a tendência, segundo relatório do IPCC, é que cada vez mais áreas de floresta fiquem mais secas, devido ao aquecimento global.

 

Os dados não fazem uma previsão exata de quando se daria o tipping point, mas servem de alerta para o fato de que, quando essa data puder ser detectada, pode ser muito tarde para fazer algo. Os pesquisadores ressaltam que, depois desse momento, a Amazônia demoraria apenas algumas décadas para virar pastagem, o que agravaria ainda mais o aquecimento global em todo o mundo, pois o processo liberaria enormes quantidades de carbono.

 

As informações são do The Guardian.

 

Foto: Pixabay

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