Debate na Califórnia expõe desafios na transição energética

A proposta do governo da Califórnia para incentivar a criação de edifícios “verdes” ilustra o desafio global na transição energética e a economia de zero carbono. Em agosto, o estado criou uma regulação determinando que casas e prédios comerciais novos devem ter painéis solares e baterias, para trocar aquecedores a base de gás por aquecimento elétrico.

 

A lei faz todo o sentido quando levamos em conta o desafio para implantar a economia de zero carbono até 2050. E nada mais justo que uma das regiões mais ricas do planeta tome a iniciativa. O PIB da Califórnia sozinho, chega a US$ 2,7 trilhões, número que coloca o estado entre os cinco maiores PIBs do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.

 

Parece que o fardo de uma mudança como essa é alto demais até mesmo para a Califórnia, onde a lei está recebendo críticas. O motivo? Vai encarecer as novas edificações.

 

“Você verá o impacto nos aluguéis de escritórios e no preço do leite no mercado local”, disse, ao The New York Times, Donald J. Ruthroff, diretor do Dahlin Group Architecture Planning em Pleasanton, Califórnia. “Não há dúvidas de que irá impactar os preços em todos os níveis.”

 

Especialistas ouvidos pelo jornal (que, é importante destacar, figura entre os mais progressistas do mundo), dizem que a troca dos aquecedores a gás por eletricidade movida a energia solar poderia encarecer novas construções em US$ 20 mil.

 

Uma casa padrão para uma família custa em média US$ 800 mil na Califórnia, mais que o dobro da média nacional (US$ 360 mil).

 

O custo adicional poderá ser mais um fator para dificultar a vida de pessoas de classe média, que já sofrem com o mercado imobiliário aquecido da Califórnia.

 

Os defensores da lei dizem que o custo financeiro da mudança será diluído ao longo do tempo, e que, significará economia de recursos no futuro.

 

A nova regulamentação deve entrar em vigor em, 2023.

 

O texto completo pode ser lido aqui.

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