Emissões de carbono de três americanos são o suficiente para matar uma pessoa, diz estudo

38% aceitariam pagar mais caro por produtos ambientalmente sustentáveis e 57% se mostraram dispostos a mudar hábitos para frear a mudança climática.

O estilo de vida de cerca de três americanos médios produz emissões de gases de efeito estufa suficientes para matar uma pessoa. E as emissões de uma única central eléctrica a carvão irão provavelmente resultar em mais de 900 mortes, de acordo com a primeira análise para calcular o custo mortal das emissões de carbono.

 

As conclusões são de um estudo publicado no periódico Nature Communications intitulado “The Mortality Cost of Carbon” (O Custo da Mortalidade do Carbono, em tradução livre).

 

A análise se baseia em vários estudos de saúde pública para concluir que, para cada 4.434 toneladas métricas de CO² lançadas na atmosfera para além da taxa de emissões de 2020, uma pessoa morrerá prematuramente devido ao aumento da temperatura. Este CO² adicional é equivalente às emissões de 3,5 americanos ao longo da vida – ou 25 brasileiros.

 

A adição de mais 4 milhões de toneladas métricas acima do nível do ano passado, produzidas pela central de carvão média dos EUA, custará 904 vidas em todo o mundo até ao final do século, mostrou o estudo.

 

Numa escala maior, a eliminação das emissões de aquecimento do planeta até 2050 pouparia 74 milhões de vidas no mundo neste século.

 

O autor do estudo, Daniel Bressler, do Instituto da Terra da Universidade de Columbia, diz que o número de mortes está subestimado. O estudo levou em conta as mortes relacionadas ao aumento da temperatura. Não foram incluídas as perdas humanas em enchentes, tempestades e quebra na produção de alimentos.

 

“Há um número significativo de vidas que podem ser salvas se criarmos políticas climáticas mais agressivas do que o cenário atual”, disse Bressler.

 

As informações são do The Guardian.

 

O estudo completo pode ser acessado aqui.

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