Energia solar e eólica podem crescer o suficiente para atingir metas climáticas, diz relatório

Se a energia solar e eólica continuar mantendo a taxa média de crescimento até 2030, isso pode ser suficiente para que a área consiga limitar o aquecimento global a 1,5°C, uma das metas mais importantes do Acordo de Paris. A conclusão é de um novo relatório sobre o assunto, lançado esta semana pelo think tank independente Ember.

 

Segundo o relatório, as duas fontes, juntas, responderam por mais de 10% da geração total de eletricidade em 2021, um aumento de 1% em relação a 2020. Holanda, Austrália e Vietnã se destacam, com taxas de crescimento ainda maiores para as fontes renováveis, em substituição aos combustíveis fósseis.

 

“Estamos chegando perto do ponto de equilíbrio onde a energia eólica e solar podem cobrir a nova demanda de eletricidade, mas ainda não chegamos lá. Se mantivermos as taxas de crescimento que vemos, estaremos lá em breve”, afirmou Dave Jones, líder da Ember.

 

Apesar da boa notícia, há outra questão preocupante. A energia gerada à carvão teve o maior crescimento desde 1985, com um aumento de 9% em 2021, ou 59% do aumento total da demanda global de eletricidade, que também cresceu no período.

 

Segundo dados do relatório, o maior aumento de demanda foi registrado na China, com alta de 13% em 2021, em comparação com os níveis pré-pandêmicos. Apesar disso, os chineses também ultrapassaram o marco de 10% de geração de energia eólica e solar pela primeira vez em 2021, juntamente com seis outros países. A Ember acredita que a geração de carvão deve começar a cair em breve para que o país consiga equilibrar suas metas climáticas de longo prazo. “O que não está claro é a rapidez com que isso acontecerá”, disse Jones.

 

As informações são da Reuters.

 

Foto: Deposit Photos

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