Floresta é a principal infraestrutura da Amazônia

“A Amazônia é a maior fábrica de vida do planeta e zerar o desmatamento é fundamental para a sobrevivência de suas sociedades humanas. Essa é a percepção de povos indígenas que habitam a Amazônia há milhares de anos e que vem sendo confirmada pela ciência moderna. O que está acontecendo, no entanto, é o contrário. No ano passado, pela primeira vez desde o início das medições do INPE, em 1988, a Amazônia teve o quarto ano seguido de aumento na devastação. Somente no mês de junho deste ano, a área derrubada chegou a 1.120 km², um recorde histórico”, começa Sérgio Guimarães, secretário executivo do GT Infraestrutura, em artigo publicado nesta quarta-feira (13/7), no Um Só Planeta.

 

Na primeira semana de julho, organizações vinculadas ao GT Infraestrutura e redes aliadas estiveram reunidas com movimentos sociais, em Alter do Chão, no Pará, para conversar sobre os caminhos para a construção coletiva de uma economia sustentável na região. Após três dias de debates, o grupo lançou um documento com recomendações para a participação da sociedade no debate eleitoral deste ano. A Carta de Alter traz propostas de infraestrutura que o grupo considera prioritárias para a construção de um novo Brasil e de uma Amazônia que cuide da floresta, das suas cadeias de valor e das pessoas que nela vivem a partir de 2023.

 

“A infraestrutura, uma das áreas que mais impulsionou o desmatamento e conflitos socioambientais nas últimas décadas, esteve no centro do debate, que deixou claro que a floresta é a principal infraestrutura da Amazônia”, escreveu Sérgio. “Em lugar das grandes obras, que contribuem para a destruição da floresta e costumam deixar transtornos para os povos que vivem na região, sem deixar benefícios, é urgente desenvolver outros projetos. Baseados em uma infraestrutura que considere, prioritariamente, o respeito e a promoção de arranjos socioprodutivos capazes de conviver com a floresta e garantir a quem vive nela o acesso a direitos básicos como saúde, educação, energia e saneamento”, completou.

 

Leia o artigo completo no Um Só Planeta.

 

Foto: Depositphotos

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