A fim de facilitar o fluxo de informações para os investidores e evitar o ‘greenwashing’, o Banco Central da Europa e o Fundo Monetário Internacional (FMI) se uniram para pedir às empresas que adotem um padrão global para divulgações climáticas, alinhado com o que já fazem Estados Unidos e países da Europa. A intenção é que, com essa base, todos os atores envolvidos no setor “falem a mesma língua”.
Uma possibilidade seria adotar os padrões propostos pelo International Sustainability Standards Board (ISSB) como base, mas algumas empresas reclamam da falta de uma definição mais clara de conceitos-chave e pedem mais tempo de adaptação. Também reclamam que esse padrão não trabalha em conjunto com outras normas que estão sendo escritas pela União Europeia e pela Comissão de Valores Mobiliários americana. Isso poderia significar um trabalho duplo, já que, em muitos casos, as empresas precisariam adaptar suas divulgações a duas normas distintas.
“Portanto, a interoperabilidade entre as próximas normas ISSB e requisitos jurisdicionais continua sendo um dos maiores desafios que o trabalho de harmonização enfrenta em última instância… é importante evitar uma maior fragmentação”, observou o Fundo Monetário Internacional.
Enquanto as normas europeias (UE) se baseiam nas divulgações de governança ambiental, social e corporativa (ESG) as regras da ISBB voltam o olhar para os impactos que aquela empresa causa nas mudanças climáticas.
Segundo o Banco Central, qualquer padrão internacional deveria incluir a “dupla materialidade” e, por isso, incitou que as propostas resolvam as diferenças e apresentem padrões que sigam uma mesma linha. A expectativa é que, até o final do ano, tanto a UE quanto a ISSB finalizem suas regras.
As informações são da Reuters.
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