Um novo estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (no inglês, WEF) afirma que as consequências dos quase dois anos da pandemia do Covid-19 acabaram criando divisões mais nítidas entre países ricos e pobres. Segundo o trabalho, esse fato está dificultando uma resposta unificada contra o aquecimento global.
O relatório enumera os maiores riscos globais no longo prazo, lista na qual as as ameaças climáticas ou ambientais aparecem nas cinco primeiras posições e ressalta que a polêmica da “divisão de vacinas” está prejudicando acordos que poderiam colaborar para limitar o aumento da temperatura do planeta.
“Nosso planeta está em chamas e temos que lidar com isso”, afirmou Borge Brende, presidente do WEF, ressaltando que o custo dessa inação deve ser muito superior ao custo das ações necessárias para lidar com o problema.
Para Saadia Zahidi, diretora-gerente do WEF, o agravamento das diferenças sociais “está criando tensões em um momento em que a colaboração dentro das sociedades e entre a comunidade internacional será fundamental para garantir uma recuperação global mais uniforme e rápida”. A líder ressaltou que a união dos líderes globais é fundamental para que o planeta consiga construir resiliência para lidar com a crise do clima e também com as próximas crises sanitárias e econômicas.
No entanto, a pesquisa anual do WEF também acabou mostrando o baixo ânimo de seus próprios membros. “Apenas 16% dos que responderam à pesquisa disseram estar otimistas com as perspectivas para o mundo, e apenas 11% acreditam que a recuperação global vai acelerar. A maioria dos entrevistados previu que os próximos três anos seriam marcados por volatilidade e choques ou por uma ampliação da diferença entre vencedores e perdedores”.
As informações são do The Guardian.
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