Para Gustavo Krause, ex-ministro ministro da Fazenda e do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente e signatário da Convergência pelo Brasil, a Governança é melhor caminho para combater a desigualdade e as mudanças climáticas, assuntos totalmente correlacionados.
Em artigo publicado no jornal O Globo, o ex-ministro também afirma que o país precisa assumir o protagonismo da questão climática e social. “É chegada a hora de assumir compromissos políticos capazes de transformar o acrônimo ESG (Environmental, Social e Governance) em efetivo propósito estratégico que envolve práticas ambientais, sociais e de governança. Sim, são temas cada vez mais enraizados no espaço corporativo e — por que não? — transferir sua essência para o setor público, em especial, o Executivo Federal”, disse o ministro em um trecho da publicação.
Segundo Krause, na seara ambiental, o Brasil possui uma série de vantagens estratégicas que não estão subutilizadas, como o sol e o vento. “Esse sol que abraçou o país e nos deu todas as ferramentas para liderar a transição energética via geração solar. Sem contar os ventos, sobretudo na Região Nordeste, onde a eólica ganha terreno. Mas a pergunta aqui é: até quando jogaremos esse protagonismo fora? Ainda mais diante de um quadro de confronto bélico, continuar tomando decisões equivocadas poderá custar muito caro”.
Krause afirma é necessário um tratado de consciência política. “Uma comunhão homem-natureza que gera a verdadeira paz duradoura. Faz tempo que a frase “meio ambiente não dá voto” virou pó. Se há mais de dez anos existia a ideia de que o futuro não fala e não vota, hoje basta olhar em volta: ele bate às nossas portas e grita. A palavra? Socorro. O instrumento? Está em nossas mãos: o voto”.
*Gustavo Krause, signatário da iniciativa por uma economia de baixo carbono Convergência pelo Brasil, foi ministro da Fazenda e do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
Foto: Depositphotos.