Estudo do Instituto Escolhas comparou os riscos ao meio ambiente de usinas hidrelétricas, termelétricas a gás natural e eólicas e concluiu que hidrelétricas apresentam o maior número de riscos ambientais. Para a ONG, esses riscos devem ser levados em conta no momento do financiamento a esses projetos.
Os dados estão no estudo recém publicado chamado “Matriz de Riscos: um caminho para os bancos incorporarem o meio ambiente em seus financiamentos”.
“Hoje, é urgente a necessidade de instrumentos obrigatórios, padronizados e transparentes para que os financiamentos do país reflitam práticas ambientais compatíveis com a responsabilidade comum de preservar o planeta para essa e as futuras gerações”, diz um trecho do estudo. “Mas, enquanto alguns países já adotaram regulações nesse sentido, no Brasil ainda faltam critérios ambientais rígidos para os financiamentos.”
O objetivo é que a matriz de risco é ser um “instrumento para análise objetiva, padronizada e transparente que permite que sejam financiados projetos alinhados com o combate às mudanças climáticas e a conservação ambiental, e não mais aqueles que causam graves prejuízos, afetando a vida de milhares de brasileiros e a imagem do país no exterior, o que afasta os investidores”.
Veja abaixo alguns dos riscos ambientais apontados em cada projeto.
Usinas hidrelétricas: 46 riscos ambientais
Apesar de ser uma fonte renovável, hidrelétricas apresentam vários riscos, entre eles o desmatamento, prejuízos a pesca e outras atividades extrativistas e fuga da fauna.
Usinas termelétricas: 34 riscos ambientais
As termelétricas a gás natural são emissoras de gases de efeito estufa. Outros riscos: alterações na disponibilidade de água, na qualidade e uso do solo.
Usinas eólicas: 29 riscos ambientais
A principal vantagem das eólicas está no fato de não emitirem gases de efeito estufa durante a operação. Entre os riscos identificados estão poluição sonora, risco de colisão com aves e morcegos, além de alterações na paisagem.]
O estudo completo pode ser acessado aqui.