Brasil joga riqueza ‘no lixo’ ao reciclar apenas 3% do lixo eletrônico

O Brasil recicla menos de 3% do lixo eletrônico produzido aqui. É o que mostra a pesquisa “Resíduos eletrônicos no Brasil – 2021”, conduzida pela Radar Pesquisas a pedido da Green Eletron, divulgada nesta quinta-feira (dia 7).

 

O estudo revelou que o Brasil ainda precisa caminhar muito para conscientizar consumidor e empresas sobre o assunto. Os pesquisadores ouviram mais de 2 mil pessoas, de 18 a 65 anos, das classes A, B e C, em 13 estados, das cinco regiões do país, e chegaram a algumas conclusões preocupantes. A primeira é que a maior parte dos brasileiros ainda não sabem bem o que é lixo eletrônico e muito menos como descartá-lo corretamente. 

 

Quando perguntados sobre o assunto, 42% dos entrevistados relacionaram o conceito aos aparelhos quebrados, como celulares, fones de ouvido, tablets, televisores e até geladeiras. Mais de um terço das pessoas ouvidas afirmaram que descartar corretamente esse lixo “dá muito trabalho”.

 

“Quando descartados no lixo comum, esses produtos podem trazer consequências negativas para o planeta e os humanos. Só no Brasil, estima-se que cada habitante gere em média 10 quilos de eletroeletrônicos por ano. Se depositados no lugar certo, a reciclagem desses produtos permite a recuperação e reutilização de vários materiais”, afirmou o gerente executivo da Green Eletron (que atua na gestão, sem fins lucrativos, de logística reversa de produtos eletroeletrônicos e pilhas), Ademir Brescansin, em entrevista ao Um Só Planeta. 

 

Segundo o The Global E-waste Monitor 2020, 53 milhões de toneladas de equipamentos eletroeletrônicos e baterias são descartadas anualmente no mundo. O Brasil ocupa a quinta posição nesse ranking — e lidera na América Latina. Só em 2019, a estimativa é que o país tenha descartado mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos. Todo esse material poderia ser aproveitado e evitado a extração de matéria-prima, o que quer dizer que, para além do impacto ambiental, estamos jogando, literalmente, no lixo um enorme potencial econômico.

 

As informações são do Um Só Planeta.

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