Meta de financiamento climático para países pobres não foi cumprida, diz OCDE

A promessa de ajudar os países mais pobres a lidarem com os efeitos das mudanças climáticas e a diminuírem suas emissões não foi cumprida pelos países mais ricos. 

 

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a promessa, feita em 2009, era de transferir US$ 100 bilhões por ano, a partir de 2020. No entanto, o montante enviado em 2020 foi de apenas US$ 83,3 bilhões, 16,7 bilhões aquém da meta. 

 

Os dados são da Organização das Nações Unidas (ONU) e foram processados com dois anos de atraso. Para 2023, os países ricos também já sinalizaram que não vão cumprir a meta. 

 

Essas nações devem ser cobradas na COP27. Em todas as últimas edições da cúpula anual do clima das Nações Unidas, esse é um ponto de debate, porque as economias em desenvolvimento afirmam que não tem condições de diminuir suas emissões sem o apoio das mais ricas, que são as maiores responsáveis pela emissão de gases poluentes do planeta.

 

“Honrar esse compromisso é fundamental para renovar a confiança”, disse Yamide Dagnet, diretora de justiça climática da Open Society Foundations, à Reuters. Para ela, os países desenvolvidos precisam começar a apresentar planos confiáveis para as finanças climáticas.

 

Apesar de não estarem cumprindo a meta, os países da União Europeia têm sido, nos últimos anos, os maiores provedores de finanças climáticas. Os Estados Unidos até agora estão resistindo a ajudar, mas os últimos posicionamentos do presidente Biden sinalizam que podemos ter avanços em breve.

 

As informações são da Reuters.

Foto: Depositphotos

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