Negócios, investidores e cidades terão regras para apoiar zero emissões, diz ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, nesta quinta-feira (31/3), a criação do “Grupo de Especialistas de Alto Nível sobre os Compromissos de Zero Emissões Líquidas por Entidades Não-Estatais”. “Uma das principais metas é definir padrões a serem observados por entidades não- estatais sobre compromissos de zero emissões líquidas e acelerar sua implementação”, informou a agência de notícias da ONU.

 

Durante o anúncio, em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU, António Guterres ressaltou que a crise climática está piorando e que o mundo está em uma corrida contra o tempo para conseguir cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1.5 grau.

 

Ele também lembrou que os governos, em especial os dos países do G20, têm grande responsabilidade para que o mundo consiga zerar as emissões líquidas até meados do século. Por isso, destacou que é urgente que empresas, investidores, cidades, estados e regiões tornem públicas suas estratégias para neutralizar as emissões de carbono.

 

Guterres explicou que o lançamento do grupo pretende “garantir os mais altos padrões de integridade e transparência ambiental”, respondendo à demanda levantada na COP26 sobre a necessidade de adoção de padrões e critérios mais confiáveis e robustos para medir, analisar e relatar os compromissos rumo a emissões líquidas nulas pelas entidades não-estatais.

 

“Com recomendações esperadas até o final do ano, o grupo de peritos trabalhará determinando padrões e metas de neutralização. Outras áreas por definir são os critérios de credibilidade para avaliar objetivos, fazer a medição e decidir sobre os compromissos. Por fim, o novo grupo deverá apurar como verificar o progresso, o cumprimento das metas e planos, além de criar um roteiro para que os padrões e critérios passem a regulamentos nos países e em nível internacional”, explicou a ONU sobre as ações práticas que devem ser executadas pelo grupo.

 

Liderada pela ex-ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Canadá, Catherine McKenna, a comissão especial tem 16 membros, entre eles o economista guineense e ex-secretário executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para África, Carlos Lopes, único integrante da língua portuguesa.

GOSTOU? COMPARTILHE:

E-mail
Facebook
Twitter
WhatsApp