“O tempo não é elástico e, até agora, fracassamos”, comenta Ricúpero sobre as mudanças climáticas

Em entrevista para o “Projeto Colabora – Juntos por um mundo sustentável”, Rubens Ricúpero, signatário da Convergência pelo Brasil faz duras críticas sobre o combate às mudanças climáticas. Para o ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente há  pouco o que se comemorar e enxergar a realidade de frente é o melhor caminho para enfrentar a crise climática.

 

Ricúpero fala sobre o ‘tipping point’ para a questão e é categórico: “No caso das mudanças climáticas existe um prazo fatal, ainda que não seja possível cravar o momento exato em que o aquecimento global e suas consequências serão irreversíveis”. Segundo ele, apesar de conquistas impressionantes, nada será suficiente se os países não conseguirem o mínimo indispensável para evitar que o planeta tenha um aquecimento superior a 1,5ºC.

 

“Se nos debruçarmos sobre as quatro ideias chaves das Nações Unidas nessas últimas décadas (desenvolvimento, promoção da igualdade entre homens e mulheres, direitos humanos e o meio ambiente), a única delas que tem uma data inexorável é o meio ambiente. O critério para o meio ambiente não deveria ser um critério contábil, de perdas e ganhos. E sim um critério rigoroso. Do contrário, fracassamos”, afirma.

 

Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Usp), fez curso de preparação à carreira de Diplomata, tornando-se embaixador. Também foi professor da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco. Foi ministro do Meio Ambiente de setembro de 1993 a abril de 1994 e, em seguida, assumiu a pasta da Fazenda, participando da criação do Plano Real. Atualmente é diretor da Faculdade Fundação Armando Álvares Penteado e presidente emérito do Instituto Fernand Braudel.

 

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

 

Foto: Marcos Santos/USP

GOSTOU? COMPARTILHE:

E-mail
Facebook
Twitter
WhatsApp