Em artigo publicado na coluna do O Globo, o ex-ministro da fazenda e signatário da Convergência pelo Brasil, Joaquim Levy fala da necessidade de preservar a floresta amazônica e sua importância para a economia nacional. Segundo ele, somente a inovação poderá por fim a destruição do bioma.
“Cada vez menos pessoas duvidam da necessidade de preservar a Floresta Amazônica, ainda que poucos entendam completamente a importância do bioma na economia local e nacional. Vão ficando claros os desafios da pobreza e do desmatamento, mas ainda falta uma visão coerente do que seria um futuro de sucesso para a região”, afirma o ex-ministro.
Levy relembra que a Amazônia brasileira detém um terço das árvores e um quinto das águas doces de todo o planeta. “Os riscos para a Amazônia crescem com a aceleração do aquecimento global, especialmente diante do provável aumento das emissões de gases de efeito estufa na esteira da guerra da Rússia. Nessas condições, o desafio de desenvolver a Amazônia preservando a floresta é ainda mais urgente”, pontua.
Conforme o signatário, os mercados internacionais já penalizam a pecuária associada ou dependente do desmatamento e a sobrevivência da pecuária depende que os produtores aproveitarem os recursos disponíveis e as novas tecnologias para aumentar a produtividade e mudar práticas que se formaram nos últimos 50 anos, inclusive o aparente uso do gado para reivindicar direitos sobre terras públicas.
Joaquim Levy foi Ministro da Fazenda em 2015. Ele é PhD em Economia pela Universidade de Chicago, mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e graduado em Engenharia Naval pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em janeiro de 2003, foi designado secretário do Tesouro Nacional e também foi secretário de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro a partir de 2007. Entre 2010 e o final de 2014 foi estrategista-chefe e diretor responsável pela gestora de ativos do banco Bradesco e, em 2018, teve uma breve passagem como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atualmente é diretor de estratégia econômica e relações com o mercado do Banco Safra.
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