Quase 80% de todas as patentes relacionadas à produção de hidrogênio em 2020 são de tecnologias motivadas por preocupações com as mudanças climáticas. As informações são do Escritório Europeu de Patentes (EPO) e da Agência Internacional de Energia (IEA), que acabam de divulgar novo estudo sobre o assunto.
Segundo o relatório inédito, que usa dados de patentes globais, o desenvolvimento de toda a gama de tecnologias de hidrogênio está focado em soluções de baixa emissão, como a eletrólise. “O hidrogênio de fontes de baixa emissão pode desempenhar um papel importante nas transições de energia limpa com potencial para substituir os combustíveis fósseis em indústrias onde existem poucas alternativas limpas, como transporte de longa distância e produção de fertilizantes”, afirmou o diretor executivo da IEA, Fatih Birol. Para ele, os resultados evidenciam uma preocupação com cadeias de abastecimento de hidrogênio competitivas e também identificam áreas que ainda pedem avanços.
“Aproveitar o potencial do hidrogênio é uma parte fundamental da estratégia da Europa para alcançar a neutralidade climática até 2050”, afirmou o presidente da EPO, António Campinos. “Mas se o hidrogênio deve desempenhar um papel importante na redução das emissões de CO2, a inovação é urgentemente necessária em uma variedade de tecnologias. Este relatório revela alguns padrões de transição encorajadores entre países e setores da indústria, incluindo a maior contribuição da Europa para o surgimento de novas tecnologias de hidrogênio. Também destaca a contribuição das start-ups para a inovação do hidrogênio e sua dependência de patentes para levar suas invenções ao mercado”.
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