“Procurement de impacto” propõe que corporações comprem bens e serviços de negócios de impacto socioambiental

Um novo conceito pode ajudar a alavancar ainda mais os negócios de impacto socioambiental, especialmente aqueles que vendem algo para outras empresas. É o “procurement de impacto”, que é definido pela consultoria Yunus Negócios, que acaba de publicar um manual sobre o assunto, como “processo de aquisição ou compras de bens e serviços por meio de negócios com impacto social”.

 

O manual ressalta os benefícios e traz dicas para que as empresas preparem suas áreas de supply chain e compras para negociar e firmar parcerias com negócios de impacto. Traz, ainda, casos de sucesso de empresas estrangeiras que já adotaram esse tipo de processo. Para a Yunus, ter esse tipo de fornecedor pode ser um ganho duplo para as corporações: deixar suas cadeias de fornecimento mais sustentáveis mantendo, ao mesmo tempo, a qualidade dos insumos — uma vez que, a maioria dos negócios de impacto, é considerada competitiva e eficiente nas entregas.

 

“Com o ‘procurement de impacto’, as empresas integram esses negócios em suas cadeias de abastecimento com a nítida intenção de criar impacto social ou ambiental por meio de suas compras”, aponta a consultoria. “No Brasil, o tema ainda é pouco difundido, apesar de termos evoluído bastante nesta prática nos últimos anos. Dessa forma, entendemos que é uma oportunidade para que as empresas brasileiras ou que atuam no país possam compreender melhor os processos do ‘procurement’”, destacou o diretor de Inovação Corporativa da empresa, Túlio Notini.

 

O conceito leva em conta todas as etapas dos processos de conta corporativos, desde obtenção de matéria-prima até produtos manufaturados, vida do produto e gastos indiretos. Para a adoção do procurement, o manual orienta que são necessárias algumas fases, começando pela conscientização dos líderes das empresas que, segundo a Yunus, é decisiva para o engajamento de toda a equipe.

 

As informações são do Valor.

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