De acordo com um novo estudo científico, publicado na revista Environment Research Letters, locais que produzem combustíveis fósseis precisam ser fechados mais cedo que o plano para limitar o aquecimento a 1,5 ° C. Quase metade, pelo menos, dizem os cientistas.
Em 2021, a Agência Internacional de Energia havia feito um alerta para impedir que novas instalações para esse fim fossem criadas, declaração que foi vista como radical, na época. Mas, segundo a nova pesquisa, a tecnologia disponível ainda não é suficiente para compensar a queima de carvão, petróleo e gás que, portanto, precisa parar agora.
“Parar novos projetos de extração é um passo necessário, mas ainda não o suficiente para permanecer dentro do nosso orçamento de carbono em rápida redução. Algumas licenças e produção de combustíveis fósseis existentes precisarão ser revogadas e eliminadas mais cedo. Os governos precisam começar a enfrentar de forma justa e equitativa como fazer isso de forma justa e equitativa, o que exigirá a superação da oposição dos interesses dos combustíveis fósseis”, declarou Greg Muttitt, do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, um dos líderes da pesquisa.
Os pesquisadores também ressaltaram que os governos devem acelerar a introdução de medidas de energia renovável e eficiência. Eles analisaram um banco de dados de mais de 25.000 campos de petróleo e gás e descobriram que campos e minas que já foram desenvolvidos levariam a 936 bilhões de toneladas de CO2 quando totalmente exploradas e queimadas. Segundo eles, metade das emissões viriam do carvão, um terço do petróleo e um quinto do gás e quase 90% das reservas desenvolvidas estão localizadas em apenas 20 países, liderados pela China, Rússia, Arábia Saudita e EUA, seguidos pelo Irã, Índia, Indonésia, Austrália e Canadá.
As informações são do The Guardian.
Foto: Depositphotos