Reflorestamento pode ser barato e gerar lucro e empregos na Amazônia

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (11/2) mostra que a Amazônia poderia gerar uma receita de até R$ 132 bilhões restaurando apenas 10% de sua área degradada. Segundo o trabalho, algumas áreas são mais interessantes de serem reflorestadas primeiro porque isso poderia ser feito com um custo menor e maior potencial de retirada de carbono na atmosfera.

 

O trabalho faz parte do projeto Amazônia 2030, uma iniciativa de pesquisadores brasileiros para desenvolver um plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia brasileira, e foi liderado pelos pesquisadores Bernardo Strassburg, Paulo Branco e Álvaro Iribarrem.

 

As áreas prioritárias identificadas pelo projeto correspondem a apenas 10% da Amazônia degradada mas, segundo o estudo, podem ajudar a retirar cerca de 2,6 bilhões de toneladas de Co2 da atmosfera. A venda de créditos de carbono é uma das formas de fazer isso. “Se você comercializa esse potencial crédito de carbono vindo dessas áreas, por exemplo, você tem um cenário que é bom para muita coisa ao mesmo tempo. Ou seja: você gera receita a partir de carbono obtido com a restauração”, explica Bernardo Strassburg.

 

A pesquisa sugere que, mesmo que parte do valor gerado com a restauração vá para os fazendeiros e para custear o processo, uma parte poderia ser destinada, por exemplo, para gerar emprego e financiar políticas públicas que busquem um caminho mais sustentável para a floresta.

 

Os resultados do estudo mostram ainda que a restauração de áreas desmatadas, sem o planejamento de áreas prioritárias, pode não ser uma boa escolha, pois teria custos maiores e resultados menores.

 

Com informações do Jornal Nacional e do Amazônia 2030.

 

Foto: Deposit Photos

 

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