Para reverter o quadro de desmatamento e manter a Amazônia em pé, a região precisa de uma economia que funcione estruturada não só na preservação, mas também na regeneração ambiental. A startup Floresta S/A intermedia esse processo, ajudando negócios de pequenos produtores a encontrarem financiadores que buscam negócios de impacto no mercado, conseguindo ganhos ambientais e sociais.
Com recursos que viabilizem suas atividades, produtores que desenvolvem atividades agroflorestais conseguem, não só melhorar sua qualidade de vida e renda, mas também viram agentes de transformação de áreas degradadas. “Esses sistemas misturam diversas culturas gerando diversidade produtiva, segurança alimentar para aquela comunidade, para aquela região, recuperando solos degradados e gerando créditos de carbono”, explicou o diretor executivo da startup, Thiago Campos. Segundo ele, incentivar o pequeno produtor a deixar de desmatar para começar a preservar e a regenerar foi a principal motivação para a criação do negócio.
Trata-se de um processo gradual. Thiago explica que o desmatamento pode até parecer uma opção rentável a curto prazo, mas os sistemas agroflorestais são mais interessantes a médio a longo prazo. Porém, os produtores precisam de ajuda para viabilizar essas mudanças.. “Se um pequeno produtor não tiver apoio técnico, logístico e financeiro para conseguir fazer essa transição de modelo, ele simplesmente não faz”.
A Floresta S/a é uma “spin-off”, ou seja, nasceu de outra organização, a Radix Investimentos Florestais, e começou unindo os protótipos madeireiros que já eram parceiros da Radix. Em um ano de trabalho, a Floresta S/A conseguiu, com dinheiro captado na primeira rodada de investimentos, garantir as atividades da primeira agrofloresta própria: 60 hectares, em Roraima.
A intenção agora é replicar o negócio em outras fazendas, com um modelo próprio e escalável de agrofloresta. A partir disso, a startup se tornou um dos seis negócios que serão acelerados pela AMAZ em 2022, junto com outros cinco negócios (BrCarbon, Mahta, Inocas, Soul Brasil e Vivalá), que receberão investimento inicial de R$ 200 mil, havendo possibilidade de reinvestimento de outros R$ 400 mil ao final do processo.
As informações são do Um Só Planeta, onde você pode ler o artigo completo.
Foto: Deposit Photos